Pesquisas apontam para uma significativa diminuição do QI médio da população mundial nos últimos 20 anos.
Muitos culpam as redes sociais, a simplificação da linguagem, a falta de interação humana, entre diversos outros motivos. Entendo que todos esses têm grande interferência, entretanto, tem um fator primordial e mais amplo que ainda não vi mencionarem de forma direta: o avanço tecnológico!
Sim! No meu ponto de vista, o avanço da tecnologia e suas facilidades, fizeram os ser humano ficar preguiçoso. Hoje em dia não é mais necessário pensar muito para resolver diversos problemas que antes levavam dias, meses ou anos, para conseguir uma solução.
A inteligência artificial, última das ondas que estamos surfando, advento desse avanço, já vem sendo usada para resolver diversos problemas simples do dia a dia. A escrita, por exemplo, que é uma grande contribuinte para o desenvolvimento da inteligência humana, vem sendo substituída por palavras-chave inseridas no campo de input dessa ferramenta, que em segundos devolve um texto pronto sobre o assunto solicitado.
Lembro de como era trabalhoso e complexo, quando comecei a trabalhar com desenvolvimento de softwares. Era bem mais complicado aprender. Tudo precisava ser escrito, linha por linha, código por código, lógica por lógica. Hoje, as ferramentas complementam sozinhas, apontam erros de digitação, erros de lógica, erros de sintaxe e agora, recentemente, até escrevem blocos inteiros de códigos, apenas dando comandos na linguagem humana mesmo.
Isso quer dizer que o avanço é ruim? Claro que não! Eu, como um grande defensor e estudioso da produtividade e da eficiência do trabalho humano, não posso ser incoerente e dizer que esse avanço é prejudicial de forma direta. Até porque, essa redução apontada nos estudos, e a média. Logo, não quer dizer que todos estão nessa redução. Com certeza isso se aplica a maioria, no entanto tem uma minoria evoluindo na sua intelectualidade para gerar esse crescimento tecnológico.
Precisamos classificar nossas atividades em criativas e não criativas.
Meu ponto aqui é o uso desses recursos da tecnologia! Precisamos classificar nossas atividades em criativas e não criativas. Onde as criativas, devem ser desenvolvidas fazendo uso das nossas capacidades naturais. Já para as não criativas, podemos usar recursos que aceleram sua execução.
É fácil fazer isso? Não digo fácil, mas também não é complexo, muito menos difícil. O lance é não se acomodar! É muito mais uma questão de disciplina, do que de complexidade.
Se quisermos reverter esse declínio da inteligência humana, enquanto a tecnologia avança no sentido de trazer ainda mais facilidades, é imprescindível a consciência de que temos o nosso papel humano de contribuição com o nosso próprio desenvolvimento, que nenhuma maquina poderá fazer em nosso lugar!